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2014
Toxina Botulínica além da estética: o estado da arte no tratamento da dor miofascial

Roberta Maria Drumond Furtado Bossi Fonseca, Patrícia Magalhães Camelo Sanches, Roberto Brígido de Nazareth Pedras, Eduardo Januzzi, Camila Megale de Almeida-Leite

R. CROMG, Belo Horizonte


A utilização da toxina botulínica do tipo A, proteína catalisadora derivada da bactéria Clostridium botulinum, em procedimentos odontológicos coloca em pauta sua efetividade no tratamento da dor miofascial dos músculos mastigatórios, considerando seu poder terapêutico e a redução na contração muscular e na dor. O objetivo deste artigo é relatar o estado da arte da utilização da toxina botulínica no tratamento da dor miofascial. A revisão da literatura demonstrou que, dentre as distintas técnicas indicadas para o tratamento da dor miofascial mastigatória, a toxina botulínica do tipo A pode ser uma alternativa terapêutica em casos que não respondem ao tratamento conservador (pacientes refratários), respeitando o método, a dosagem e a frequência correta da injeção nos pontos gatilhos miofasciais para obtenção de um tratamento mais bem-sucedido em pacientes refratários. No entanto, apesar de alguns trabalhos demonstrarem a efetividade da técnica no controle da dor, ainda não há evidências científicas consistentes e irrefutáveis com relação à segurança e à efetividade de sua utilização.